DISCUTINDO A ARTE DE TOM ZÉ

NAS INCURSÕES PELA HERMENÊUTICA E ESTÉTICA

Autores

  • Emília Saraiva Nery Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Palavras-chave:

Hermenêutica, Estética, Tom Zé

Resumo

Este artigo trata, inicialmente, de uma problematização sobre o lugar “privilegiado” dos músicos, especialmente do baiano Tom Zé, para interpretar suas canções e trajetórias musicais. Em seguida, aborda-se o debate sobre a existência de uma hierarquia entre a Literatura e a Canção na proposta de uma linha evolutiva na Música Popular Brasileira. Por fim, aponta-se os elementos questionadores das noções de autor e obra na arte de Tom Zé, tais como: o plágio de outras músicas e o princípio da obra aberta.

 

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Biografia do Autor

Emília Saraiva Nery, Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Docente de História pela Secretaria de Educação do Estado do Piauí. Doutoranda em História pela Universidade Federal de Uberlândia-UFU e mestre em História do Brasil pela Universidade Federal do Piauí - UFPI. Integrante do grupo de pesquisa História, Cultura e Subjetividade, do CNPq.

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Publicado

2013-06-17

Como Citar

Saraiva Nery, E. . (2013). DISCUTINDO A ARTE DE TOM ZÉ: NAS INCURSÕES PELA HERMENÊUTICA E ESTÉTICA. Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 10(1), 1–19. Recuperado de https://revistafenix.emnuvens.com.br/revistafenix/article/view/477