SER PEDRA É FÁCIL, DIFÍCIL É SER VIDRAÇA

REFLEXÕES SOBRE HISTORIOGRAFIA CLÁSSICA DO CINEMA BRASILEIRO, DE J. C. BERNARDET

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35355/0000029

Palavras-chave:

Jean-Claude Bernardet, historiografia clássica do cinema brasileiro, lugar social

Resumo

No presente artigo temos a intenção de refletir sobre a obra Historiografia clássica do cinema brasileiro (1995), do crítico cinematográfico Jean-Claude Bernardet, especialmente resgatando a historicidade de algumas de suas críticas que colocaram sob suspeita a “historiografia clássica” do cinema brasileiro. Como arcabouço teórico-metodológico, consideramos as proposições de Michel de Certeau (2007) acerca do lugar social dos pesquisadores da história, sobretudo acerca da “instituição do saber”, a “relação dos pesquisadores com a sociedade” e a “permissão e interdição” de suas obras.

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Publicado

2020-08-19

Como Citar

Morais, J. M. (2020). SER PEDRA É FÁCIL, DIFÍCIL É SER VIDRAÇA: REFLEXÕES SOBRE HISTORIOGRAFIA CLÁSSICA DO CINEMA BRASILEIRO, DE J. C. BERNARDET. Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 16(2), 137–154. https://doi.org/10.35355/0000029