ATUAÇÃO INTELECTUAL NO GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964, O CASO DE JÚLIO DE MESQUITA FILHO
DOI:
https://doi.org/10.35355/revistafenix.v18i1.1066Palavras-chave:
Golpe militar, Intelectuais, Júlio de Mesquita FilhoResumo
O texto problematiza mais uma das perspectivas de época em torno do golpe civil-militar de 1964 e seus desdobramentos. Traçamos considerações sobre o papel do sujeito de posições políticas demarcadas em torno do espectro liberal-conservador, buscando perceber a influência de setores intelectuais como indivíduos envolvidos diretamente nas tramas do golpe e que, posteriormente, sofreram as suas consequências. A fonte principal é um editorial do jornal O Estado de São Paulo intitulado “roteiro da revolução”, publicado em 12 de abril de 1964 pelo proprietário e diretor do periódico, Mesquita Filho, escrito a próprio punho. O argumento se desenvolve tomando noções como força da tradição de Arno Mayer, as reflexões de Reinhart Koselleck sobre os tempos históricos e os postulados de Michel Foucault acerca da consolidação dos regimes de verdade.
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Referências
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